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O GLÚTEN E A EUCARISTIA: O QUE DEVE FAZER QUEM TEM DOENÇA CELÍACA?


Imagem referencial / Crédito: Daniel Ibañez (ACI Prensa)

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Jul. 17 / 06:00 pm (ACI).- A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos da Santa Sé emitiu, no dia 15 de junho deste ano, uma carta circular aos bispos reiterando as normas existentes sobre o pão e o vinho para a Eucaristia, incluída a norma de que as hóstias devem conter certa quantidade de glúten como matéria válida para a consagração.


A notícia se tornou viral e alguns meios de comunicação informaram o seguinte: “A Igreja Católica proíbe celíacos de comungar”. Inclusive o Twitter declarou o tema como “tendência”.


Entretanto, as normas sobre o pão e o vinho já existiam e não foi anunciada nenhuma nova, nem foi proibido aos celíacos receberem a Eucaristia. As hóstias sem glúten sempre foram matéria inválida para a consagração.


Diante desse panorama, a carta deixa algumas inquietações para pessoas com doença celíaca (ou aquelas com outras alergias graves ao trigo) e a Eucaristia.


O que fazer se a pessoa tem esta doença?

A Igreja reconhece que não deve excluir da comunhão os católicos com doença celíaca e se adequou para aqueles que são incapazes de consumir o trigo.


Um leigo incapaz de receber uma hóstia com baixo teor de glúten pode receber a comunhão sob a espécie do vinho somente.


Um sacerdote em uma situação semelhante, ao participar da Missa, pode, com a permissão do ordinário, receber a comunhão sob a espécie do vinho somente. Mas, tal sacerdote não pode celebrar a Eucaristia de forma individual, nem pode presidir uma concelebração.


Pe. Joseph Faulkner, sacerdote da Diocese de Lincoln, nos Estados Unidos, foi diagnosticado com a doença celíaca em 2008. Depois de ser ordenado, teve que receber uma permissão de sua diocese para usar hóstias com baixo teor de glúten para celebrar a Missa.


Em entrevista a CNA – agência em inglês do Grupo ACI – o presbítero indicou: “Vomito se como pão, mas consumo de 8 a 9 hóstias com baixo teor de glúten por semana, e tenho feito isso há 9 anos, e não passo mal”.


Pe. Faulkner recomentou que qualquer católico celíaco obtenha algumas hóstias com baixo teor de glúten sem estar consagradas e ingira pequenas partículas para ver se é capaz de consumi-las com segurança.


Para os celíacos que são incapazes de receber as hóstias com baixo teor de glúten, Pe. Faulkner disse que “o mais seguro que poderia fazer seria pedir e receber o Preciosíssimo Sangue em um cálice, mas que não seja o cálice que o sacerdote utiliza”.


Isso se deve ao fato de que o cálice usado pelo sacerdote também contém partículas de hóstias colocadas durante a oração do Cordeiro de Deus (rezada pouco antes da comunhão). Para evitar qualquer contaminação, é necessário um cálice separado.


“Essa é a forma mais segura e, quando se recebe o Preciosíssimo Sangue, recebe o corpo, o sangue, a alma e a divindade de Jesus, para que não tenha que se preocupar por receber apenas parte do sacrifício”, indicou o sacerdote.


FONTE: www.acidigital.com

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